Conheça os estudos da creatina na saúde cognitiva e tratamento de doenças como depressão:
A creatina é muito usada por pessoas que treinam. Mas hoje a ciência mostra que ela tem bem mais usos. Dessa forma, os praticantes da musculação não são os únicos a aproveitar os benefícios da suplementação.
Por exemplo, idosos e pacientes que perderam massa muscular também podem usar o suplemento. Ou ainda mulheres que querem perder peso podem usar o suplemento como fonte de energia extra.
Além de todos esses benefícios, pesquisas têm estudado o papel da creatina na saúde do nosso sistema nervoso central. Dessa forma, há diversos estudiosos explorando a relação entre o consumo desse nutriente no tratamento de doenças como a depressão.
O que é creatina?
A creatina é um conjunto de três aminoácidos ligados. Seu nome vem da palavra Kreas, “carne” em grego. Isso porque a principal fonte alimentar da creatina é a carne vermelha.
Ela é facilmente absorvida no intestino e distribuída para todo o seu organismo. Não apenas os músculos usam creatina e sim todos os órgãos que gastam muita energia. O cérebro e o coração são bons exemplos disso.
Naturalmente produzimos creatina em nosso fígado e rins. De qualquer forma, a ingestão pela dieta é fundamental porque nossa produção pode não ser capaz de suprir toda a demanda do corpo, deixando algum órgão com uma quantidade menor do que deveria.
Para que serve?
A creatina é energia!
Imagine que seu corpo funciona como uma máquina igual a um carro. Se você escolher um modelo híbrido, por exemplo, ele contará com dois sistemas de geração de energia: gasolina e bateria elétrica.
A gasolina é uma energia imediata, que quando gasta não volta mais. Já a bateria, você pode recarregar em outra fonte. Se formos relacionar aos nutrientes em nosso organismo, os carboidratos e lipídeos se enquadram no primeiro caso e a creatina no segundo.
Nossa forma mais usual de produzir energia é o ATP. Se lembra dele da escola? Vamos relembrar!
O que é ATP? Como a creatina pode ajudar?
O ATP é uma sigla usada para denominar a adenosina trifosfato. Essa molécula constitui uma das principais formas de energia química. Ele possibilita diversos processos celulares.
No entanto, é usado rapidamente e demora para ser produzido novamente. Nesse sentido, a creatina tem o poder de reciclar boa parte dessa energia gasta. Assim, seu músculo fica mais eficiente e você consegue poupar energia para usar durante o exercício por exemplo.
A creatina e a energia do cérebro
A maior concentração de creatina no nosso organismo está no músculo. No entanto, o médico José Fernandes Vilas, especialista em neurologia e psiquiatria clínica, afirmou em artigo que há evidências científicas de suas atividades a nível cerebral.
Isso porque a enzima creatina quinaze (CK) também pode ser expressa no cérebro. Sendo assim, é possível dizer que há participação do nutriente na formação da energia cerebral.
Há ainda estudos que apontam que níveis mais baixos de creatina estão relacionados a problemas como:
- Sono ruim;
- Envelhecimento;
- Depressão;
- Déficit cognitivo;
- Atrasos de aprendizagem.
O Dr. José Fernandes Vilas explicou que quanto maior a quantidade de creatina no organismo, melhor a síntese de ATP. Essa molécula constitui uma das principais formas de energia química e possibilita diversos processos celulares.
Segundo ele, os neurônios consomem e produzem grande quantidade de energia. Dessa forma, tanto o armazenamento quanto a produção também são estimulados pelo cérebro.
À vista disso, a suplementação vem sendo amplamente defendida. Isso porque estudos apontam uma melhora significativa nos sintomas levantados acima quando há a reposição adequada do nutriente.
Por fim, o médico recomendou suplementos com o selo Creapure. Isso indica que o produto possui 100% de pureza.
Uso de creatina no tratamento de depressão
O Dr. Francis Leonardo Pazini escreveu em sua tese de doutorado “Efeito Protetor da Creatina Sobre a Plasticidade Hipocampal em um Modelo de Depressão“ que o tratamento da depressão é um grande desafio. Isso porque os medicamentos disponíveis podem apresentar:
- Efeito terapêutico lento;
- Possível ineficácia;
- Diversos efeitos colaterais que levam o paciente a desistir do tratamento.
Por isso, nutracêuticos passaram a ser objeto de estudo em função de seus possíveis benefícios e baixos efeitos colaterais no tratamento da depressão. Nesse sentido, Pazini afirma que a creatina é um composto neuroprotetor com potencial para tratar ou atenuar transtornos neuropsiquiátricos.
Em sua pesquisa, sugeriu que a creatina pode atuar como um antidepressivo rápido, mas sem efeitos adversos. No entanto, ainda são necessários mais estudos para entender com maior clareza o efeito do nutriente nesse aspecto.
Por fim, é possível afirmar que a suplementação de creatina, além de ser amplamente estudada, é muito positiva para a saúde. Nos próximos anos, esperamos ver ainda mais estudos sendo realizados sobre seus inúmeros benefícios.